Sua TI é o pior setor da empresa?

Se a sua resposta foi “sim”, então você pode ter um problema muito sério… e que não está necessariamente relacionado à TI

 

Muitas vezes observamos empresas de diferentes portes e segmentos com a mesma reclamação: “meu departamento de TI não funciona”!

E a pergunta que não quer calar é: como é possível chegar a esse ponto? A resposta é uma só: o problema da TI, quase sempre, não está relacionado à própria TI.

Podemos dizer que a TI concentra uma série de atividades que não deveriam ser atribuídas a ela, já que não controla a causa – somente vive o efeito. Este problema atinge diversas empresas e se agrava nas pequenas, nas quais as pessoas costumam concentrar muitas funções.

Neste caso, é muito natural o dono de uma pequena empresa se envolver em rotinas operacionais, como contratar uma operadora de internet ou até mesmo consertar um computador que parou.

À medida que a companhia vai crescendo, as atividades acabam sendo delegadas a grupos mais especializados, e posteriormente a departamentos – que por sua vez, recebem demandas de outras áreas. Aí está, então, formatada a organização do trabalho contemporâneo que permeia o nosso dia a dia.

 

 

1 – As raízes do problema

 

Independentemente do porte da organização, a maioria dos problemas que refletem na TI acabam tendo origem em áreas de negócios fora dela.

Ou seja, advém de todos os setores que demandam recursos de tecnologia em geral, como meio para viabilizar rotinas, alcançar maior desempenho e, de certo modo, performar melhor. Como nos dias de hoje todas as áreas de uma empresa dependem de tecnologia, os problemas de desempenho acabam sendo atribuídos, inevitavelmente, a dificuldades com uso de tecnologia – ou mesmo pela falta dela.

E os obstáculos são muitos! Desde o sistema ERP que não funciona, a internet que parou, o usuário que não consegue fazer uma fórmula no Excel, entre outras mil coisas. As tecnologias aplicadas ao trabalho são intermináveis e sempre vão aumentar.

Contamos com uma geração em idade produtiva que não foi preparada para atuar em um ambiente tecnológico em constante crescimento e transformação, onde a informação está acessível o tempo todo e as mudanças avançam implacavelmente.

Por isso, é muito comum observamos diretores, gerentes e líderes de área que não conseguem entender a sopa de letrinhas que está sendo falada ao telefone na mesa ao lado; têm dificuldade de opinar quanto ao benefício da tecnologia “x” em comparação à “y”; e sofrem para selecionar um bom fornecedor, pois desconhecem os critérios que deveriam ser avaliados para aumentar a assertividade durante um processo de compra.

Resumidamente, estas figuras podem ter bastante ímpeto para decisão na compra de um software ou na assinatura de um serviço online, mas quase nenhum conhecimento sobre a implantação, evolução ou sustentação desta nova ferramenta.

E nesse momento você deve estar se perguntando: Por que profissionais experientes, em cargos de gestão, arriscam dessa forma?

É simples: a falta de conhecimento não assumida. Ao não admitirem a própria deficiência em relação a determinados temas, as decisões são tomadas com base em uma visão limitante ou até mesmo simplória, que não considera todas as variáveis de um cenário muitíssimo complexo como o de TI.

 

2 -E como podá-las?

 

A aquisição de sistemas, mudanças na área e o start de novos projetos, quando acontecem sem o envolvimento de especialistas no assunto, passa a ser um julgamento inconsciente e, talvez, até equivocado. Isso pode gerar problemas mais graves, desconhecidos e inesperados.

Um profissional de tecnologia “faz tudo” – figura que ainda prevalece em muitas organizações – se convidado a apoiar a tomada de decisão, já poderia mitigar os riscos e ajudar a minimizar o impacto de uma transição tecnológica pouco assertiva, antes de afetar o resultado do negócio como um todo.

Contudo, muitas vezes o profissional de TI não é consultado, o que agrava ainda mais os reflexos da decisão na operação da empresa. Neste cenário, as resoluções mais acertadas passam pela contratação de parceiros independentes com conhecimento de tecnologia. Estes parceiros podem facilitar a contratação de uma empresa especializada, que efetivamente poderá auxiliar na escolha do fornecedor e do serviço certo, para cada necessidade.

 

 

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3 – Crescimento x Organização

 

“Devemos crescer primeiro e depois nos estruturarmos, ou nos estruturamos e depois crescemos?”

Outro fator a ser considerado é a velocidade de crescimento de uma empresa comparada à sua capacidade em se estruturar para usar melhor a tecnologia, que de fato vai apoiar o seu avanço. O dilema é o mesmo: crescimento ou organização?

Vamos usar como exemplo os problemas de uma grande empresa e a capacidade de investimento de uma pequena empresa. A tecnologia, claro, é a parte mais sensível deste dilema. Ocorre que, muitas vezes, a companhia não tem o capital necessário para investir em uma solução completa que supre as demandas pungentes do dia a dia, e os problemas dificilmente deixam de existir sem investimento.

É no salto do crescimento de uma empresa, no momento que ela mais precisará se apoiar em tecnologia, que as decisões costumam ser afetadas pela falta de planejamento das áreas de negócio e, inevitavelmente, recaem sobre as estruturas ou grupos de pessoas que as sustentam. Sim, estamos falando do nosso, muitas vezes odiado, departamento de TI!

A TI sofre principalmente pela grande concentração de atividades, falta de planejamento, falta de investimento e sobrecarga de responsabilidades, as quais não tem o skill para contribuir e, tão pouco, poder para decidir.

Muitas vezes, não possuem visão ou um suspiro de tempo necessário para identificar e superar o redemoinho que o crescimento desordenado do negócio traz.

Podemos observar que, antes de mais nada, um problema com a T.I. reflete um problema de gestão. Não podemos dizer que se trata somente do gerenciamento da área em si, mas sim da gestão do negócio como um todo.

É comum observarmos, em nossa rotina, empresas que crescem e depois entram no processo de “andar para trás”, por não conseguirem processar o aumento das transações que elas mesmas almejaram. É um contrassenso, não acham?

 

4 – Depois de tudo isso, você ainda acha que a TI é o pior setor da empresa?

 

Como vimos, a solução para os problemas nunca está em um lugar só; para encontrá-la é preciso passar por uma mudança de perspectiva ou “mind setting”.

Podemos dizer que temos muitas empresas dentro de uma única organização. E que visão departamental é uma realidade longe de ser extinta. Logo, são muitas as raízes que sustentam o todo.

Por esse motivo, as soluções que escolhemos para suportar nosso trabalho precisam atingir todas as pontas da empresa, uma vez que não adianta nutrir somente uma área. E é bem provável que uma solução completa não esteja no portfólio de um único fornecedor – a escolha do parceiro é parte do sucesso!

Se realmente a intenção é ter uma gestão tecnológica eficiente, é necessário pensar as dificuldades de ontem e de hoje à luz das soluções e tecnologias atuais. Além disso, elas precisam ter um poder de alcance global, da Diretoria ao SAC.

Só assim podemos criar um universo no qual a TI nos traga mais soluções do que problemas, identificando os gargalos e fortalecendo o ecossistema como um todo.

Escrito por: Erik Pereira – Diretor Executivo

 

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Renato Souza

CEO e Diretor Comercial da Prox

Renato é Diretor Comercial da Prox desde 2010. Está sempre pensando no desenvolvimento estratégico da empresa, em novas parcerias e na prospecção de novos clientes. Apaixonado pelo seu trabalho, ele tem como missão facilitar a vida das pessoas e empresas com gestão e tecnologia.

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